
A história da solda: conheça um pouco mais sobre essa arte milenar
A soldagem está em todos os setores da sociedade, sendo utilizada na fabricação desde simples utensílios e artigos que usamos no dia a dia como jóias, carros até aeronaves espaciais.
Mas, a história da soldagem não tem uma gênese tão atual assim, pelo contrário, sabe-se que em 4000 a.C já se usava a solda para união de metais, uma vez que no famoso Museu do Louvre encontramos um pingente de ouro com indícios de solda, sendo fabricado na Pérsia datando o mesmo ano.
É interessante ainda considerarmos que na Grécia antiga já se ouvia falar dos processos de solda. Afinal, Hefestos, comumente, é relatado como o deus da solda, aparecendo em várias obras mitológicas sempre focado em forjar armas bélicas de alto desempenho.
O escudo de Aquiles, por exemplo, cantado na Ilíada de Homero (VIII a.C) corresponde a uma das obras mais nobres da história da metalurgia, sem contar ainda a resistente armadura que o deus coxo fabricara para o pelida.
Vê-se, assim, que a soldagem já é aludida há milênios até mesmo nas obras literárias. Por isso, hoje vamos dar uma passadinha pela história da solda, aludindo os grandes marcos da inovação metalúrgica. Vem com a gente.
O processo de soldagem na antiguidade
Não podemos traçar com precisão os meandros da invenção da soldagem, o que sabemos é que os primeiros indícios de metais forjados data de 2000 a. C e 4000 a. C.
Em uma linguagem simplória, a soldagem consiste no aquecimento de dois metais antes que alcancem o seu ponto de fusão, unindo-os com algumas marteladas. Há quem veja a solda mais do que um labor fabril, mas como uma arte, visto que a partir do forjamento dos metais pode-se criar obras magistrais.
Já no Egito antigo encontramos alguns indícios do processo de soldagem, usado para forjar jóias preciosas dentro das grandes pirâmides. Mas, como aqui já aludimos, em cânones literários já encontramos mementos do uso da solda para a fabricação de artigos de grande valor bélico.
O processo de soldagem na Idade Média
Os primeiros métodos de soldagem documentados remontam a Idade Média, uma vez que as armas e armaduras medievas eram forjadas em estanho e cobre e, posteriormente, em bronze. Com o passar do tempo o homem passou a dominar a forja do aço, um material considerado mais escasso e caro.
Na Idade Média, temos os primórdios da Arte da soldagem. É ali que nascem os primeiros ferreiros, que soldavam variados tipos de espadas e equipamentos pelo processo de ‘soldagem a marteladas”.
Com o domínio da manipulação de aço, as ferramentas passaram a ser forjadas neste material com mesclas de ferro. Sabe-se que espadas de elevada precisão e tenacidade foram fabricadas neste período, posto que eram extremamente usuais em tempos de guerra.
O processo de soldagem nos tempos modernos
Foi na Revolução Industrial que a soldagem passou a adquirir um grande destaque, período este que a sua tecnologia começou a mudar radicalmente. Em 1808, Humphry desenvolvia o arco elétrico na fachada do Royal Society, permitindo com este êxito a produção de solda por esta tecnologia.
O grande avanço do arco elétrico na história da soldagem só adentrou no mundo industrial depois de 100 anos, devido a falta de equipamentos adequados. Aliado ao estilo escatológico da Revolução Industrial, o primeiro uso da soldagem em massa foi na 1º Guerra Mundial com fins de reparação de equipamentos.
A verdade é que o processo de soldagem permitiu grandes avanços na indústria, diminuindo o tempo e custos das produções. E nem mesmo o setor aeronáutico ficou fora dessa, com o desenvolvimento da arte da solda, as cabines pressurizadas de avião ficaram cada vez mais resistentes e leves.
Mais passageiros eram transportados por longas distância com mais conforto e sem o incômodo das turbulências. Não só os aviões, mas as linhas férreas também foram muito beneficiadas, oleodutos e ferrovias puderam ser conectadas, trilhos já podiam ser reparados a qualquer momento e as locomotivas começaram a se inovar ainda mais.
Além dos veículos, as construções também passaram por algumas evoluções através dos processos de solda, os perfis de ferro ficaram cada vez mais resistentes, prédios poderiam ser erigidos em uma altura gutural sobre estruturas sólidas, sem o perigo de desabar.
Graças a soldagem, o homem pode enfim alcançar grandes feitos. O plano celeste já não era apenas um devaneio distante, agora com a tecnologia dos perfis metálicos dos foguetes e das cápsulas pressurizadas, o homem podia enfim romper os limites do céu e pisar na lua.
E como se não pudéssemos esquecer, até mesmo os equipamentos de solda com tecnologia de ponta surgiram no decorrer da história. As máscaras de proteção, a rigor, deixaram de ser quentes, pesadas e desconfortáveis e passaram a ser leves, práticas e eficazes, projetadas levando-se em consideração a saúde e qualidade do soldador.
E o que não dizer das máquinas. Antes desprendiam de arcos elétricos, hoje grandes propostas tecnológicas com várias possibilidades de regulagem e amperagem, tornando o processo de soldagem cada vez mais prático e rápido.
Confira agora a compilação dos grandes momentos e acontecimentos históricos da arte da soldagem:
Chegamos ao fim de mais uma postagem, viu só como é rica a história que envolve o processo de solda?! Se gostou do post de hoje, conta pra gente aí nos comentários, aliás, você sabia de algum desses marcos históricos que mencionamos?
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